sexta-feira, 20 de julho de 2007

Flor de Mizpá

Flor de Mizpá

por Everson Rodrigues


Flor Bela

“És comparável à virtuosa flor em firmamento... Te contemplo alegremente em nuances que refrigeram meu viver – atenuas as chamas que envaidecem o sofrer, enfim, és delicada e me fazes suspirar, de coração fiel momento despertar... cessas essa brandura de querer-te e tomas de minha profunda inconsciência esquecida a insensatez, apagas o reluzir de profunda timidez... me deixas assim, me deixas sem ti... quero, pois, me és tão pura e imaculada, em ti meditar e, sem empecilhos, ver-te-ei... minha Flor de Mizpá!”

Pura Sinfonia

“Me unges e não negas... me acobertas com tua sã formosura – não me furto a vãos pensamentos ‘piegas’– de amor, sem igual, és bem pura! Me abranges, me recusas, maltratas meu perturbar... o quanto antes, me cubras, com teu simples e meigo olhar... Que tens de harmonia em canto notável de ardor?... pois presenteias a minha alegria com sinceras notas de amor!...


Pleno Triunfo

“Me iluminaste, me disfarçaste a soberbia... encarecido permaneço: de minha fiel contemplação – não mereço – ínfimo despertar de sinfonia, amedrontado sentimento e sofrido coração... Pus-me o teu olhar que tanto vias – serena fonte de apreço era tudo o que querias!... Meu desprezo em singela humildade acabaste, minha ferida de constante solidão ainda não estagnaste... mas sobre infiel tribulação qu’eu dantes tinha triunfaste!...”

Doce Acalanto

“Amor sem dor ofereces em plena constância, no teu olhar e no teu cantar nunca me negaste instância para te contemplar... mês és sempre pura... sempre me fazes sentir flutuar numa lembrança bem segura – ouves o que tenho a te ofertar, meu olhar percola teus longos cabelos negros e deságuam em teus olhos castanhos – não me desperto, inconsciente, permanecerei em meus sonhos...”


Formosura Harmônica

“Olha, pois eu também me consisto em esquadrinhar em tua rica formosura... também meus puros sentimentos são sem limites espelhados por ti, minha pura... os ventos que me trazem teus aromas são circuncidados de viver, são momentos de sonhos impossíveis de esquecer... aquebrantam minha alma e conferem à minh’alegria que sem ti não poderei prolongar esta harmonia...”


Gesto Amável

Ó, que alvorada do amanhecer, que harmonia sem cessar!... por gestos puros e sublimes te comprazes me alegrar... arrancas a solidão e sem timidez me convidas logo a sonhar!... eu consinto – pois existo! sincero leigo, me proponho a te sujeitar... teu jeito permanece – tão quanto irei te amar!...

Rotina Aprazível

“Que o amanhecer não ouse ofuscar o teu sorriso, pois bem, te quero bem... semblante perfeito, formoso, de onírica aparência angelical, me tens em teus planos! Me tornas um anjo!! por teu doce respirar... teu amor é belo, não cesso: flertar-te-ei em nuances que transpiram solidão e exalam a incessável vontade de te amar, minha Flor de Mizpá!!”

Olhar Puro

“Ainda um puro e sincero olhar, brisas sentimentais ao ver-te contemplar, vãos tormentos estagnar-se-ão, sãos momentos prolongar-se-ão... me és assim – sempre serás... um vão tormento se apagará! Me zelas com teu querer – grande júbilo haverá...”

Consolo

Te exaltei perante uma noite linda e consumada,
te cantei o doce canto da beleza...
te servi de amáveis conselhos que fluíram de minh'alma
durante toda a minha ausência de tristeza – és minha mais pura beleza...
e mostrei que, por mim, serás sempre minha amada...

Copyright ©2005 Everson Rodrigues. Todos os direitos reservados.

Análise do Autor: Flor de Mizpá exalta, sem qualquer obstáculo, a beleza da mulher imaculada, da mulher pura, intocada...

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Flight Report OceanAir OC6310 GRU-REC

Era o meu segundo vôo pela OceanAir que estava prestes a ocorrer a partir das 18:30 do dia 3 de julho último. Fui acompanhado por minha avó, que tem medo de voar... Chegamos ao Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos, às 17:48 – um pouco em cima da hora, mas o trânsito no fim da tarde paulista nas marginais não poderia prometer outra coisa além de trânsito lento e engarrafamentos.


Guarulhos: aeroporto repleto de atrasos naquele dia. Um pouco de trabalho para encontrar o check-in da OceanAir: me baseei na placa indicativa no aeroporto de Guarulhos que me informava que eu deveria pedir para parar o carro e descer na asa A. Perguntei logo de imediato a uma funcionária da Infraero onde eu encontraria o check-in da ONE, uma vez que não constatei o mesmo de imediato na asa A. Ela me respondeu que apenas pela manhã o check-in da Avianca (pertencente ao Grupo Sinergy, dono na OceanAir) era utilizado pela ONE. Em seguida me encaminhou à asa D, em direção ao check-in desta companhia. Verifiquei o painel de chegadas e saídas e notei que o vôo OC 6310 que faria Guarulhos-Recife estava atrasado, não mais com saída prevista para às 18:30. Depois de idas e vindas sem sucesso, definitivamente fomos informados que os passageiros da OceanAir estavam usando o check-in “externo” fornecido pela BRA junto à calçada do aeroporto, na asa D. Check-in feito, me dirigi ao embarque, acompanhado sempre da minha avó.

Na sala de espera, um aguardo de cerca de 30 minutos – nossa aeronave que faria o vôo ainda não havia pousado. Aeronave pousada e dentro de 15 minutos estaríamos embarcando às 19:55 no ônibus que nos levaria ao Mk-28 estacionado na remota, alguns bons minutos após a tripulação que passara por nós para assumir o vôo OC 6310. Feito.

A bordo do imortal Mk-28 da OceanAir eu não poderia deixar de encontrar uma dedicada e eficiente tripulação: Cmtes. Francis Barros e Rodrigo compondo a tripulação técnica. Chefe de cabine Celeste, Comissários Aline e Machado formando a tripulação comercial. Recepcionado pela chefe Celeste, me apresentei e fui tomar o meu lugar no vôo: poltrona 19F (escolhida a dedo para poder desfrutar melhor da melodia executada dos motores Rolls Royce 650 Tay que equipam os Mk-28 da OceanAir).

Motores acionados, push-back efetuado. O speech da prestativa chefe de cabine Celeste foi complementado pelo cmte. Francis Barros, que nos explicou os procedimentos aeroportuários que faltavam executar para partirmos e nos pediu desculpas pelo atrasos ocorridos pela presença de nevoeiros que provocaram um efeito dominó nas operações das aeronaves nas cercanias do aeroporto e na cidade de Guarulhos e nos prometeu um vôo recompensante. Toda esta gentileza e prontidão é percebida a bordo e nas dependências de onde se possa encontrar um funcionário OceanAir. É lúcido de que o atraso não foi acarretado pela companhia e, sim, pelo mau tempo. Isto se chama ética profissional.

Iniciamos o táxi para a cabeceira 09L às 20:25, com conseqüente decolagem às 20:30. Subimos para a altitude de cruzeiro de 33.000 pés e a alcançamos às 21:15. Uma boa parte do vôo foi marcada pela presença de turbulência, mas nada que impedisse um bom descanso a bordo. O serviço de bordo foi servido: sanduíche frio, espetinho de frios, salada com tomate, azeitona e alface, salada de frutas e, como brevidade, um bombom de ótima qualidade, fazendo jus aos dizeres impressos na toalhinha da bandeja de refeição: “Pratos leves e saudáveis no clima da estação”. Às 21:21 um serviço complementar de bebidas com café foi oferecido.

Passei um bom tempo conversando com a tripulação, enquanto minha avó esteve acompanhada de seu vizinho de poltrona. Começamos a descida às 23:15 e, com forte turbulência, adentramos numa camada de nuvens para alinharmos na cabeceira 18 do Aeroporto Internacional dos Guararapes. Pouso suave às 23:40. Profissionalismo na “ponta do manche”. Desembarcamos e o Mk-28 começou a se preparar para seguir vôo a Petrolina, cumprindo ainda o OC 6310.

Everson Rodrigues.